sexta-feira, 20 de junho de 2008

Se nos perdemos...


Se nos perdermos

Se nos perdermos, entre as brumas da memória, será que nos esquecemos de pensar na realidade momentânea, que nos empurra cada vez mais para vortex. Escondidos entre os pensamentos repreendidos, detendo em nós poder da decisão, de ser livres… pelo menos na nossa massa cinzenta, porquê? - acanhamos nós de escrever, falar e actuar no espaço a que nos pertence por natureza. Nascendo já livres mas aprisionados neste turbilhão a que eu chamo sociedade tio patinhas, em que o poder económico nos aprisiona de tal maneira, ao rebelde e imperialista euro capitalista, que sem querermos, ou mesmo que não seja nosso desejo de pertencer ao automatismo de maquinas, que só serão úteis para um único sentido, fazer dinheiro, e mais dinheiro, nunca parando o seu ciclo vicioso, até ao trémulo dos dias, gastas e obsoletas, vão para o ecoponto prontas para ganhar nova vida. Consegue-se assim, que o seu rebordo escorregadio da qual, atormenta a ficar num espaço vazio cada vez mais apertado, á medida que retiramos a esperança da nossa mente, essa, pescada com um escuro e húmido calafrio súbito, de uma corrente pesada de um corsário com a ancora enferrujada, subindo pela espinhal medula segue-se húmido e frio. Como se de um saca-rolhas se trata-se, lutamos para que não seja simplesmente esquecido, comidos por uma falsa realidade atraída por simples murmúrios desumanos que se levanta para atrair nossos pensamentos irreais, porem permanecendo nas masmorras á espera de um grito, elevando a voz, repete vezes sem conta…BASTA, basta, basta … Porque é e será o nosso desejo de triunfar onde outros falham, elevando a nossa vontade, mas digo-te porquê esta vontade de vencer? Porque a nossa natureza é combativa…não o que queremos afinal e desligar, desligar o interruptor desta pura natureza enfeitiçada com lacinhos e florzinhas, com o preto e branco a pôr uma correcção em tons de cinzento para se compreenderem.
Porque agora eu questiono o meu eu, pergunto, o que é que nós somos afinal? Puro e cheiroso pó de Primavera, só isso puro pó de Primavera. Por vivermos nesta sociedade que nos molda desde que nascemos como barras de plasticina com sabor a ouro dadas a um miúdo, barras de ouro preto que esmaga-nos com uma violência inocente, e faz de nós os homens de amanhã, flutua no mar das tormentas para passar a esperança de um mercado faminto de dólares insuficientes, é este o novo posto de combate da artilharia global, dólares mais dólares, guardados a peso de ouro. Por viver nesta sociedade podre e ingénua, corrupta que não sabe aproveitar os prazeres oferecidos, obriga a enaltecer-nos como se fossemos uma arma de destruição maciça se trata, para sobreviver e contar as lápides do esquecimento, HOMENS de percurso enaltecido para quem eu não sei, barões esquecidos? Talvez, descodifica-a pois eu já descobri o que não sou … Vivo, aprendo, ouço, sou apenas um conhecedor a vaguear por esta imensidão a que nós chamamos lar.
A áurea da sociedade, leva-nos a saber tudo, vasculhar, perseguir, apoderar, executar, intensificar, e corroer até se extinguir…
Onde tens todo o teu conhecimento adquirido por uma experiência de vida enriquecida por largos anos no poder glorificado, ele permanecerá, tua glória, todo o teu espírito porque não passas de pó e pó serás…onde tens o teu eco que será enaltecido, reconhecido e respeitado, só dentro do teu Ego… Eu, eu estou só de passagem… pois não importa como chegaste, mas sim como o percorreste teu caminho…Vai à luta…Pois o campo de batalha já nós o temos. Aquilo a que chamamos TERRA, o nosso lar.